Talvez eu tenha passado muito tempo correndo atrás de uma satisfação profissional que de fato não sabia o que era. Estudar, construir uma boa carreira, uma vida. Ter dinheiro, reconhecimento, status, talvez. Mas não, não é essa a verdadeira vontade que me move. O objetivo de tudo, além de alcançar as pequenas satisfações perversas do dia-a-dia, é o de auto-destruição.
Antes pensaria que construir era algo útil e contínuo, e hoje percebo que é exatamente o oposto. Não estou supondo que seja ruim ou que eu não queira construir - eu de fato quero - mas agora enxergo o verdadeiro propósito aqui: não construo coisas à toa, mas as faço com a intenção final de destruí-las para logo após construir algo novo no lugar, e assim seguir esse ciclo até o fim dos meus dias. Esse é o verdadeiro sentido das coisas, o truque da "felicidade": não permanecer inerte. A inércia é entediante, e pessoas como eu precisam de algo a mais, ainda que nesse algo não venha acoplado sentido ou sucesso algum. Mas a felicidade em si é algo muito relativo, não é? Por fim, seja uma pequena perseguição doentia ou um plano maluco ou uma mudança brusca de fatos, a questão é sentir-se vivo, e aí é que entra a busca por aquela velha cócega prazerosa na barriga, muitas vezes provida por coisas nada racionais que o subconsciente decide querer.
Olha, não é que conseguiu descrever perfeitamente um sentimento bem peculiar? Gostei desse
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