segunda-feira, setembro 28, 2009

Ego ao Avesso

Morrerei co'o pulmão
E as tripas derramadas pelo chão.
Pintarei de vermelho
As paredes, o teto e o espelho.
Queimarei meus cabelos,
Os olhos, as unhas e os pêlos.
Abrirei o meu peito
A quem se atrever a tal feito.

E há de me suportar
Pelo decorrer de uma eternidade
O mesmo que desejar
Testar a tão incrível sanidade.

2 comentários:

  1. Ahhh nada como um bom texto de desgraça escalafobética Augustiana

    Sou fã, ainda mais quando as rimas são concisas e os versos curtinhos PA-PUM-PA-PUM. Fala bem quem fala muito com pouco

    As usual, um trabalho adorável - se a pessoa achar adorabilidade em tal temática, claro ousahsau

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  2. Bom, já lhe disse sobre o poema, mas lá vai um comentário aqui.
    Bom, realmente bom. Bom por ele em sí, pelas rimas trabalhadas e pelo esquema métrico. Mantendo o ritmo! hehehe
    Assustadoramente bom. Um Q de poeta maldito.

    E ótimo por ter visto o processo de criaçãoa beira de uma mesa e as margens de uma frase-idéia.

    Adorei, minha querida!

    =**

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